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Sentença é anulada porque preposto do Itaú assistiu a depoimento de bancária em audiência
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) declarou nula a sentença proferida em processo em que o representante do Itaú Unibanco S.A. esteve na sala de audiência durante o depoimento pessoal da trabalhadora. O processo foi anulado a partir da audiência, e retornará à Vara do Trabalho de origem para a reabertura da instrução processual, com novos depoimentos e novo julgamento.
Para o relator do recurso, desembargador convocado Cláudio Armando Couce de Menezes, ao não determinar a saída do representante da empresa (preposto) da sala de audiências durante o depoimento da trabalhadora, o juízo de origem deixou de observar a lei e violou o princípio da igualdade porque o preposto, ao depor, já sabia o teor do depoimento da trabalhadora e poderia pautar as suas respostas ao que ela havia dito.
De acordo com o relator, o objetivo dos depoimentos são os fatos alegados pela parte contrária, como fundamento do direito. Pode-se, através do interrogatório, obter a confissão, que ocorre quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. "A doutrina trabalhista leciona que há clara proibição da parte assistir o depoimento da outra parte", afirmou.
O desembargador assinalou que que o artigo 848 da CLT não disciplina por inteiro o procedimento que o juiz deve obedecer ao proceder ao interrogatório da parte, e é absolutamente omisso quanto à exigência ou proibição de retirada da sala de audiência da parte que ainda não depôs. Assim, aplica-se subsidiariamente o parágrafo único do artigo 344 do Código de Processo Civil (CPC), segundo o qual é proibido a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
(Lourdes Tavares/CF)
Processo: RR-2311-96.2011.5.02.0001
5 Comentários
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Isso é um absurdo!!! como que um magistrado comete um deslise desse?????
para não pensarmos que foi proposital, o fato é que em algumas comarcas não impera a justiça mas sim a conveniência!
lamentável, pensar em quantos casos desses não passaram desapercebidos, quantos direitos cerceados e precluídos... continuar lendo
Quem marcou bobeira foi o advogado da bancária. continuar lendo
Alguns deslizes que ao final é eficaz no processo. continuar lendo
O que eu acho estranho é essa sentença não ter sido anulada antes. Ou pelo menos tal nulidade não ter sido arguida pelo patrono da reclamante em razões finais ou em recurso ordinário, pois custo a crer que um Tribunal Regional não anularia uma sentença resultante de uma instrução viciada dessas. O que, de toda forma, não exime a responsabilidade do juiz pelo deslize, posto que praxe básica em audiência, nem sequer há necessidade de ser pedido pelo advogado. Juízes do Trabalho ganham muito bem e, supõe-se, são bem preparados para não cometerem tais falhas medonhas. continuar lendo